Dedo Podre ou Padrões Repetitivos? Como a Psicologia Pode Ajudar a Quebrar Ciclos nas Relações Amorosas
- nathalianosdei
- 6 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 7 de abr.

Muitas pessoas já ouviram ou até usaram a expressão "dedo podre" para se referir àquela sensação de sempre escolher parceiros errados, vivenciar relacionamentos frustrantes ou repetir os mesmos problemas amorosos.
Mas será que o problema está no "dedo podre" ou, na verdade, em padrões mentais inconscientes que nos levam reiteradamente a fazer as mesmas escolhas ou tomar as mesmas decisões?
Escolher parceiros que que não são compatíveis, saudáveis ou que causam sofrimento emocional podem ser sintomas de um padrão, muitas vezes, inconsciente, que direciona nossas escolhas amorosas. Essas repetições podem ter influência de nossas primeiras experiências de amor e conexão em família.
Se crescemos em um ambiente onde o amor era associado a conflitos, dependência emocional ou falta de comunicação, é possível que reproduzamos esses padrões inconscientemente. Citarei alguns exemplos para ilustrar minha colocação: Se um dos pais era emocionalmente distante, podemos buscar parceiros(as) que também sejam distantes, porque isso nos parece "familiar"; ou, se houve abuso ou negligência, podemos normalizar comportamentos tóxicos em relacionamentos futuros.
Assim, a busca por parceiros(as) que reativam feridas emocionais, em geral, é uma tentativa de "consertar" ou entender experiências passadas. Inconscientemente, acredita-se que uma resposta ou resultado diferente poderá ser obtido; e, aí está, muitas vezes, os pontos de excitação em uma escolha amorosa, excitação gerada por estes padrões inconscientes, que, geralmente, denominamos de paixão avassaladora e até mesmo de amor.
Existem também questões ligadas a autoestima e autovalor, em que a pessoa pode sentir que não é merecedora ou capaz de ter um relacionamento saudável com um parceiro valoroso. Ou até mesmo, pessoas que têm medo da intimidade, a aproximação de um parceiro em seu mundo privado e afetivo lhe desperta sentimentos de vulnerabilidade, e como autodefesa, essas pessoas se fecham para relacionamentos profundos com potenciais parceiros(as).
Quebrar ciclos repetitivos não acontece da noite para o dia, mas é um processo possível e transformador. Com o apoio da Psicologia, é possível aprender a fazer escolhas mais conscientes, reconhecer sinais de alerta e construir relações baseadas em respeito, confiança e reciprocidade.
Por fim, o que quero te dizer com tudo isso é que o "dedo podre" não precisa ser uma sentença permanente. Ao olhar para dentro de si e buscar entender seus padrões, você pode transformar sua história amorosa e encontrar relações que realmente tragam felicidade e crescimento. A psicologia oferece ferramentas valiosas para entender e transformar esses ciclos, ajudando a construir relações mais saudáveis e satisfatórias.
Se você se identifica com essa situação, considere buscar ajuda profissional. Afinal, o amor também é sobre cuidar de si! Conte comigo!
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